quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

4. DISCUTINDO A POLÍTICA ESTUDANTIL

Os nossos principais clientes, enquanto instituição de ensino, são os nossos alunos. Estes são a razão de ser da universidade. Por isso, em todos os escalões da universidade, a partir da sala de aula, nossos alunos são a nossa prioridade. Se assim o é ou deve ser, não deve ser outra a prioridade da universidade em relação a seus alunos senão a de oferecer-lhe condições melhores de ensino e de aperfeiçoamento através de programas de iniciação científica, de monitorias e de estágios dentro e fora da universidade. Nosso compromisso neste campo é buscar a ampliação e a melhoria dos programas já existentes e de implantar outros dentro da mesma filosofia.
Por outro lado deve-se dar atenção especial a programas de assistência estudantil, como é o caso do restaurante universitário, que funciona somente na capital e de residências estudantis, até o momento existente apenas na FECLESC, construída da em nossa gestão como diretor daquela faculdade e que ainda não recebeu qualquer projeto de ampliação, até o momento, nem foi feito projeto similar em outra unidade da UECE. Neste sentido envidaremos todos os nossos esforços no sentido de ampliar estes programas (alimentação e residência) para as outras unidades que não os tem, buscando recursos no governo do Estado e em outras fontes de financiamento.
Outra vertente da política estudantil é o fortalecimento das entidades estudantis, e das suas representações nos colegiados da universidade; através de apoio em suas instalações, por um lado, e do diálogo constante e construtivo por outro. Dialogaremos com todas, quer seja diretamente através de cada centro acadêmico, quer seja através do DCE, ou ainda e igualmente através das representações estudantis nos diversos colegiados da universidade, dando voz e vez a estes que são, como frisamos no início, a nossa razão de ser como universidade.
Ademais devemos ter a sensibilidade de receber as demandas dos estudantes para em cima delas e com eles, através de suas representações, dentro da realidade e das condições concretas da universidade, buscar solucioná-las, se não na totalidade, pelos menos no que for possível e procurando, com eles encontrar um encaminhamento adequado às demais.

Maranguape, 12 de janeiro de 2008
Prof. Ms. Francisco Artur Pinheiro Alves
Pré-candidato a reitor da UECE

Submetemos o presente e provisório texto, aos nossos estudanteS em geral e suas representações estudantis em particular, para recebamos suas colaborações e críticas. Assim estaremos construindo com o capítulo da política estudantil de nosso programa como candidato a reitor. Sua colaboração é muito importante. Comente este texto, participe desta discussão que, neste momento se dá pelo meio eletrônico, mas que em momento oportuno debateremos com todos.

Como participar
Nossos endereços:
www.futurodauece.blogspot.com.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

DISCUTINDO O PERFIL DO(A) VICE-REITOR(A)

Refletindo um pouco sobre a história recente da UECE, percebemos que a geração da década de 80, sobretudo a do concurso de 1983, está iniciando o processo de aposentadoria, muitos já se aposentaram, por tempo de serviço e por idade, outros devido a reforma da previdência de 1999, deverão passar um pouco mais, posto que já tem tempo de serviço mas não tem idade, muitos domos ainda jovens beirando ou ultrapassando os 50 anos.
Entre ea geração dos anos 80, temos a dos anos 90 e a última geração de professores a do século 21. Estes são bem diferentes da minha geração, são mais ousados, exigentes, e tem uma formação acadêmica superior à maioria da nossa geração quando do seu ingresso, muitos já entraram na universidade como mestres ou doutores. Percebemos a força destes jovens professores no movimento grevista, onde todos nos vimos e ouvimos. Mas eles estão com sua força nos cursos, nas suas aulas e pesquisa, diluídos em toda a universidade: capital e interior.
Para nós, mais antigos, seria importante, termos como companheiro ou companheira de chapa, um professor ou professora deste grupo mais jovem dos nos 90 ou da década atual.
Outra força que emerge em todas as categorias é a da mulher. Seria por outro lado importante, termos uma mulher em nossa chapa, uma vice-reitora. A presença da mulher na gestão faz a diferença, por todas as qualidades que a mulher tem, notadamente no que se refere à sensibilidade. E sensibilidade é algo que faz a diferença na gestão
Sendo este candidato do CURSO DE HISTÓRIA do Centro de Humanidades, manda o bom senso que o seu companheiro ou companheira de chapa seja de um outro centro ou faculdade, de preferência da área das ciências exatas.
Sendo ainda este candidato oriundo do interior, tendo sua experiência administrativa exercida na FECLESC em Quixadá, também percebe-se que seria de bom alvitre que tivesse um ou uma colega de chapa com dos centros ou faculdade, da capital. Tudo isso, porém é negociável.
Mas o que mais pesa na composição desta chapa é que o seu perfil tenha como âncora, a ética, a capacidade de diálogo, a disposição para o trabalho árduo e a honestidade dos seus componentes.
É em cima desates pontos que estamos buscando um companheiro ou companheira de chapa. As negociações, há muito estão abertas e estão em andamento.
O que vocês acham desta questão, como ela está posta aqui?
Comente, sugira e critique. Participe desta disussão.


Atenciosamente,


Prof. Ms. Francisco Artur Pinheiro Alves
Pré-candidato a reitor da UECE

domingo, 13 de janeiro de 2008

Circular nº 3

Fortaleza, 13 de janeiro de 2008

Caros colegas professores e funcionários,
caríssimos estudantes,

No dia 22 de maio, salvo melhor juízo, o novo reitor da UECE deverá tomar posse. Até 30 de abril, prevalecendo o raciocínio anterior, ele deverá está inserido em uma lista tríplice, após consulta à comunidade universitária, para ser enviada ao governador.Estamos em 13 de janeiro, es´tá em cima. Nos outros anos esta discussão iniciou-se em novembro.
De nosa parte, desde que nos decidimos em nos colocrmos à disposição da comunidade universitária, que estamos procurando levar a nossa opinião a respeito de diversos temas inclusive da eleição de reitor e de outros dirigentes da universidade. Utilizando o recurso da internet, apesar das nossa limitações, procuramos enviar a um determinado grupo de pessoas, as que tivemos acesso ao e-mai, nossas preocupações, nossos pontos de vista, e pedidos de colaboração para umprograma de campanhal.
A resposta concreta, para mim, tem sido pouca, mas tenho consciência da importância de está fazendo assim.
Agora entramos em uma segunda fase, a de levar ao público internauta, os tópicos do que virá a ser o nosso programa de campanha. São pequenos textos, que doravante terão a expressão: "DISCUTINDO"... e o tema seguinte. Produzimos quatro pequenos textos três deles estão no nosso blog. Os textos e as circulares anteriores, serão objetos de nosso programa, também, mas a partir de hoje o que for produziso irá com a formatação acima descrita e com uma numeração. Assim ao entra no blog, quando abre, você tem o último texto, mas perceberá logo, pela numeração que há outros e outros mais antigos sm número e que não perderei mais tempo em renumerá-los.
Tudo isso para mostrar aos companheiros da forma que encontramos de darmos visibilidade e transparência às nossas idéias e colocá-las desde já ao julgamento de cada um e cada uma, sempre com o propósito de receber críticas e sugestões.
Também publicaremos o que for enviado pelos companheiros e companheiras desde que com a autorização. Noentanto, no blog, há no final de cada publicação, um link para comentário. É só clicar nele e fazer o comentário que desejar, lembrando que o mesmo será publicado automáticmente.
Dito isso, informo que não enviarei mais,por e-mail, os textos, só a informação de que o texto está no blog.
As últimas publicações do blog são:
SOBRE A INTERIORIZAÇÃO - 2 TEXTOS
SOBRE A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA - UM TEXTO.
Continuo esperando a colaboração dos companheiros e companheiras de caminhada da UECE.

MUITA PAZ PARA TODOS E TODAS

Prof. Ms. Francisco Artur Pinheiro Alves
Curso de História
Pré-candidato a reitor da UECE

P.S.Esta carta também vai para o blog.

3.DISCUTINDO A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

O Ceará tem uma das experiências pioneiras em educação à distância, que nasceu junto com a UECE. Sob a coordenação do Professor Gerardo Campos, desta universidade, posteriormente secretário de Educação de Fortaleza, nasceu o telensino, através da antiga TVE. O objetivo do programa, que durou mais de 20 anos, só recentemente sendo desativado, era levar às mais distantes localidades do estado, educação de qualidade, com aulas preparadas por professores universitários e ou com experiência e formação na área específica, pois , naquele momento, diferente de hoje, era grande o número de professores leigos na educação básica. De início e por muitos anos foi um sucesso, depois vieram os problemas e com o crescente número de professores formados nas áreas específicas, a melhoria e o aperfeiçoamento do programa de livro didáticos pelo MEC, a pressão dos professores e suas entidades sindicais, o programa foi desativado inicialmente, na cidade de Fortaleza e depois em todo Estado.
A UECE também foi criada na mesma época, inclusive tanto a TVE como a UECE faziam parte da mesma fundação. No caso da UECE o objetivo de sua criação, dentre outros, era o de formar professores contribuindo assim de forma efetiva para a melhoria da e a universalização do ensino básico em nosso estado. Estávamos na década de 1970.
Na gestão do Prof. Petrola, (1992 a 1996) um grupo de professores fez uma visita a algumas universidades e centros de estudos na França e na Inglaterra. Foram as professoras Josete Castelo Branco, Cira Petrola, Neda e este professor. Desta viagem surgiu o convênio para um mestrado em parceria com a Universidade de Londres.
Um dos centros visitados foi o Centro de Educação à Distância do Ministério da Educação da França. Podemos perceber naquela época como os franceses estavam avançados já naquela época. Da França, mais precisamente te Poiters ( não sei se a grafia está correta) eles ministravam cursos para todas as comunidades francesas (comunidades em paises de língua francesa e comunidades ou diplomatas militares em missões oficias em outros paises) em qualquer lugar do mundo, e também aos franceses que não tiveram acesso à escola na idade certa ou imigrantes residentes na França.Já utilizando os recurso da Internet. Mas antes da Internet eles já faziam isto. Foi também a partir dessa visita que se criou o se fortaleceu o Núcleo de Educação à distância do, hoje, Centro de Educação. Hoje a educação à distância tem seu lugar de destaque na UECE.
A partir da LDB a educação à distância se fortaleceu e está crescendo em todos os níveis de ensino. Hoje vemos cursos de graduação e de especialização latu sensu sendo oferecidos por universidades do Sul e do Sudeste, em todo país. O próprio Ministério da Educação criou uma universidade à distância, que em parceira com as universidades federais em cada estado, e as prefeituras municipais, está oferecendo formação de professores em quase todas as áreas, à distância.
Estes exemplos são importantes, para mostrar que temos acumulado experiências nesta área. Cabe debatermos a educação à distância em todos os colegiados de cursos e levantarmos o interesse e as condições de cada colegiado de curso e depois de cada colegiado de centro, de oferecer para a sociedade algum tipo de curso na modalidade à distância, seja a nível de extensão, de graduação ou de pós graduação.
Podemos oferecer aos municípios do Ceará, do norte e do nordeste, por exemplo, cursos de formação continuada de seus professores, ou até mesmo cursos de formação inicial, graduação, ou até mesmos cursos de pós graduação latu sensu, utilizando os diversos tipos de mídia disponíveis, logrando assim a presença da UECE, no cenário da educação básica com mais uma contribuição para a melhoria da qualidade da educação, pois temos o principal, que são os nosso professores, em grande parte, mestres e doutores, ou quando não com uma vasta experiência em suas áreas de formação, conforme já tivemos oportunidade de falar em outros momentos e está registrado em nosso blog.
Portanto a educação à distância já é de muito uma realidade na UECE, e uma vez na reitoria, haveremos de dar-lhe melhores condições e meios para que cada colegiado possa se assim desejar, ampliá-lo, redimensioná-lo e nossa universidade conquistar o patamar que lhe é digno nesta modalidade de educação nos dias atuais.

sábado, 12 de janeiro de 2008

2.DISCUTINDO O APOIO DA SOCIEDADE LOCAL ÀS FACULDADES DO INTERIOR

Na nossa experiência de diretor da FECLESC, tivemos a oportunidade de criar três institutos de apoio às ações dos três campi da Faculdade. Em Quixadá, com o apoio da Profa. Lúcia Helena Fonseca Grangeiro, criamos o ITESC – Instituto de Ceência e Tecnologia do Sertão Central, em Senador Pompeu, onde tínhamos um Campus, foi instituído o IECT – Instituto de Educação Ciência e Tecnologia do Sertão Central II e em Baturité, onde tínhamos outro campus foi criado o IMBA – Instituto de Educação Ciência e Tecnologia do Maciço de Baturité.
Foi uma experiência interessante e diferenciada em cada campus. Houve muitas críticas ao funcionamento destes institutos, mas não se pode negar que durante o período em que funcionaram, eles foram importantes paras as unidades locais a que estavam ligadas. Com a instituição do IEPRO, houve a centralização das atividades de prestação de serviço de toda a UECE; isso enfraqueceu os institutos locais e praticamente estes desapareceram.
Reeditar a criação dos institutos parece ser uma boa proposta o modelo atual destes órgãos nas universidades tem sido de prestação de serviços e captação de recursos e como se sabe he muitas críticas em cima destes. O que não impede a cada faculdade do interior a pensar na criação de uma instituição de apoio às suas atividades. O modelo que sugerimos para quem desejar discutir esta questão com a autonomia que lhe é peculiar, é o das associações dos amigos do Teatro José de Alencar e dos amigos do Museu do Ceará.
As faculdades da UECE no interior são tidas como um patrimônio da coletividade local. Na nossa experiência de Quixadá, em todas as ações que realizávamos, tínhamos o apoio da sociedade local e regional. Não só na nossa administração, como na dos outros colegas que nos antecederam na direção, como é o caso do Prof. Luis Osvaldo, da professora Laudícia e do Prof. Gilberto Telmo. Todos nós buscamos o apoio da sociedade. Não significa de maneira nenhuma retirar a obrigação do Estado de cumprir o seu papel como entidade mantenedora das faculdades, mas antes sim a incursão da faculdade no seu entorno e com uma resposta positiva da sociedade local, gerando uma saudável parceria.
Este tema, apesar de ser delicado, por ter muitas pessoas contrárias a ele, na minha opinião deve ser discutido, onde houver um consenso em torno de uma formatação de uma entidade, que possa acontecer, onde nem sequer houver disposição para discuti-lo, deve-se respeitar. É com este espírito democrático que colocamos esta questão neste breve texto para apreciação e crítica de nossos leitores.

Fortaleza, 12 de janeiro de 2008
Prof. Ms. Francisco Artur Pinheiro Alves
Pré- Candidato a reitor da UECE

Faça a sua crítica a este texto, mande sua opinião. Pode fazê-lo de duas formas:
por e-mail arturcandidatoareitoruece@yahoo.com.br
ou em nosso blog: www.futurodauece.blogspot.com
Participe deste debate.

1.DISCUTINDO A PLÍTICA DE INTERIORIZAÇÃO DA UECE

O desenvolvimento do Estado do Ceará, passa necessariamente pela interiorização plena do ensino superior. É inadmissível, para quem quer o desenvolvimento do Ceará de forma mais homogênea, que ´possa pensá-lo, sem a presença da universidade.
A UECE nos seus 30 anos de existência, foi a universidade com maior raio de ação no interior, chegando a cobrir quase a metade do estado, com campus fixos, a saber: região metropolitana de Fortaleza, Sertão Central, Sertão dos Inhamuns, Sertões de Crateús, Região do baixo Jaguaribe, Região centro Sul e Costa Leste.
A presença da UECE em algumas regiões desde a sua fundação, garantindo o acesso de populações interioranas ao ensino superior, é uma demonstração de seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e equilibrado do Estado do Ceará..
Outros estados nordestinos tiveram o privilégio de interiorizar o ensino superior público federal desde a implantação de suas universidades federais. O Ceará, ao contrário teve a sua universidade Federal implantada na década de 1950, mas somente a partir do final da década de 1990 é que inicia um lento processo de interiorização do ensino superior público federal, ainda assim com apoio de universidades estaduais. Neste intervalo a UECE vem suprindo a lacuna do ensino superior ao lado ad UVA e da URCA, sendo que a sua expansão para o interior se deu de forma consolidada, com suas faculdade, e cursos permanentes, fixos e legalizados.
Neste contexto, as faculdades do interior da UECE merecem toda a atenção da administração superior, do Governo do Estado e da sociedade cearense. É preciso consolidar os avanços obtidos nestes anos de luta e suprir as necessidades imediatas, de médio e de longo prazo, para que as regiões assistidas pela UECE possam ter, nela, um parceiro na construção do seu desenvolvimento. É preciso compreender que o processo de desenvolvimento do estado do Ceará carece de equilíbrio entre as regiões. A capital caminha para um processo de exaustão sócio ambiental, o interior precisa reunir as condições necessárias ao seu desenvolvimento, com qualidade de vida para a sua populações e, neste cenário, a universidade e em particular a UECE, tem muito a oferecer.
Mas para tanto é preciso uma estrutura mínima para suas faculdades e cursos, para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e de extensão e sobretudo para o pleno desenvolvimento de sua atividade principal, o ensino. É necessária e urgente a aquisição de livros para as bibliotecas, a instalação e manutenção de laboratórios, a construção e manutenção de edificações compatíveis com as suas atividades É igualmente necessário a aquisição de professores e de funcionários com qualificação adequada para estas faculdades. É portanto necessário e urgente uma política de interiorização adequada às demandas das faculdades do interior e de suas regiões.
É assim que compreendemos, por experiência própria, que deva ser a futura gestão superior da UECE, bem como dos órgãos governamentais do estado, no caso específico da Secretaria de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, em relação à política de interiorização. É preciso ter a compreensão da importância da interiorização do ensino superior para o estado do Ceará e para tanto investir maciçamente nesta área fortalecendo essa política em todos os seus aspectos.

Prof.Ms.Francisco Artur Pinheiro Alves
Pré-candidato a reitor da UECE.


Dê a sua opinião sobre este texto e Dê as suas sugestões para a política de interiorização da UECE. Faça seu comentário neste blog:
www.futurodauece.blogspot.com ou, se achar melhor, envie seu e-mail para: arturcandidatoareitoruece@yahoo.com.br
Sua opinião é importante para nós.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Crise da UECE: o caminho da superação

Francisco Artur Pinheiro Alves
Professor adjunto do Curso de História
Pré- candidato a reitor da UECE

A Universidade Estadual do Ceará passa por uma crise sem precedentes em sua história. No entanto isso não deve ser motivo de desespero e sim de reflexão. A referida crise é maior e mais intensa na área financeira desdobrando-se para os diversos setores. Isso traz implicações que afetam toda a universidade, sua infra-estrutura. Mas não é da crise que queremos falar, pois esta está é tão visível, tão conhecida de todos, que, comentá-la é repeti-la. Já ouvimos relatos dela de todas as maneiras em diversas ocasiões. Queremos falar é de sua superação. Este é o grande desafio dos que fazem a UECE, em particular, e da sociedade cearense e de seu governo, em geral.
É, com certeza, inerente aos processos históricos de crise, o germe de sua superação. Ou seja, intrinsecamente às crises, estão os caminhos para a sua superação, para um novo dia, uma nova fase, um novo caminho, enfim uma renovação.
No caso da universidade, compreendo que concomitante à sua crise, há um grande potencial e este potencial é que fará a diferença e a levará à sua superação. O grande potencial da UECE, como em toda organização, é o elemento humano. Nela este está organizado em três segmentos: professores, estudantes e funcionários.
Os professores da UECE, são seu maior e mais valioso patrimônio. E por ser a universidade uma instituição eminentemente dedicada ao saber, é deles, que orientam, coordenam e dirigem os processos de investigação e de estudo, que sairão as luzes para a superação da crise da instituição. Mais do que isso eles conduzirão a universidade ao seu leito natural. Evidentemente que, com a participação ativa de estudantes e funcionários.
A UECE, decidiu, principalmente na década passada, investir na formação dos professores. Isso aconteceu, fazendo um corte, a partir dos encontros de Pacoti, idealizados pelo professor Paulo de Melo Jorge Filho (Petrola) e coordenados pela professora Maria do Socorro Osterne. Do nosso conhecimento, foi a partir dali que a UECE despertou para a importância de qualificar os seus professores. Embora um trabalho anterior da Pró reitoria de Pós Graduação já viesse sendo feito, o que possibilitou essa decisão histórica. A estratégia parece que paulatinamente foi contaminando a universidade. Professores foram fazer mestrado e doutorado e novos professores, em diversos concursos posteriores, foram admitidos já com esta qualificação, e, hoje temos um quadro significativo de mestres e doutores.
Os que não conseguiram se qualificar ao longo desse processo foi por diversos motivos, no entanto estes também são importantes para a universidade pois trazem o “doutorado” da experiência, quer seja na área pedagógica, quer seja na área administrativa. Estes, também, estão incluídos no que chamamos de maior potencial da universidade.
Os funcionários técnico-administrativo, estes são igualmente valorosos. São tão importantes e de um potencial tão imenso, que é difícil mensurar. Estes não tiveram as oportunidades dos professores de se qualificar e tão pouco foi-lhes oportunizados a entrada de outros colegas para se ajuntarem a eles e fortalecerem a sua categoria. Eles são resistentes, fortes, na sua área de atuação têm mostrado a sua competência, o seu potencial e a sua capacidade de resistência. A contribuição deste segmento para a superação da crise é também incomensurável. Apesar do débito que a UECE tem com eles, eles estão prontos a contribuir, desde o menor graduado ao mais graduado.
Os estudantes são, também, outra grande potencialidade desta universidade. Cada vez mais o seu nível de qualificação evolui, destarte as dificuldades que lhes são impostas, desde a falta de livros e equipamentos laboratoriais, como a falta de professores, estrutura etc aliada ultimamente a dois processos grevistas, que co certeza são também grandes obstáculos à suas formações. São eles que mais sofrem com a crise, não obstante, apontam para a universidade e a sociedade as suas possíveis soluções, seja através de seus segmentos organizados, através do movimento estudantil, seja na sala de aula, nos laboratórios, no cotidiano da universidade, bem como nos espaços dos colegiados onde tem representação.
Acredito, com muita convicção, que seja possível a reversão da crise da universidade a partir da articulação dos saberes destes três segmentos, colocados em ação para a busca deste fim. Isso vai demandar um esforço gigantesco, muita dedicação, muita negociação, muita renúncia, muito trabalho. É realmente uma tarefa hercúlea, mas que pode acontecer, vai acontecer e já está acontecendo, dentro dos limites e das possibilidades que a conjuntura em que está situada, a nível regional e nacional, permite.
Para finalizar este breve e intempestivo ensaio que coloco para avaliação dos meus pares e diversos segmentos da Universidade, teria ainda a dizer: A tarefa de superação da crise da UECE, requer muito dialogo, aqui conceituado segundo Moacir Gadoti (Diálogo Docente). É acreditando neste potencial, que acredito nas saídas que tem a UECE para superar a sua crise em parceria com governo e a sociedade cearense.